FETRAERN promove oficina sobre certificações em parceria com Oxfam Brasil, Repórter Brasil, CONTAR e FETARN

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A FETRAERN promoveu uma Oficina sobre Devida Diligência e Certificações durante os dias 31 de maio e 1º de junho no hotel Monza. A ação foi realizada com o apoio da Oxfam Brasil, acompanhamento da Repórter Brasil e assistência da FETARN para convocar os profissionais da ponta, os dirigentes sindicais para que conheçam o papel de cada certificadora.

“Esse papel que nós da CONTAR estamos fazendo, com a Oxfam e a Repórter Brasil, para dar visibilidade e estruturar os sindicatos para eles conhecerem, mais profundamente, as cadeias produtivas sob certificação. Temos empresas da fruticultura no Rio Grande do Norte com certificações e o nosso papel é informar aos sindicatos para estarem atentos se as empresas estão cumprindo o que dizem os requisitos das certificadoras” reforçou Gabriel Bezerra, presidente da CONTAR

Ao falar sobre o simbolismo de um evento como esse para os trabalhadores assalariados e assalariadas rurais, o presidente da FETRAERN e vice-presidente da CONTAR, José Saldanha, comemorou. “A palavra é gratidão, foi muito gratificante ter pessoas que nos ensinaram nossos direitos, algo que nós não conhecíamos, nos preparando para debater de forma mais igualitária com o empresário”.

Para Gustavo Ferroni, coordenador de Justiça Rural e Desenvolvimento da Oxfam Brasil, o fortalecimento do movimento dos trabalhadores rurais por meio de suas entidades é muito importante. Algo reforçado por Poliana Dallabrida, pesquisadora da Repórter Brasil, que explicou que a parceria com sindicatos, federações e organizações da sociedade civil, como a Oxfam, é fundamental para reunir informações sobre as violações que estão acontecendo nas fazendas e investigar a conexão dessas empresas para conectar as violações no campo com as empresas que vendem o produto final.

O assessor jurídico da CONTAR, Carlos Eduardo, explicou a importância de entender sobre as certificações para cobrar por melhores condições de trabalho. “As empresas aqui assumem o compromisso de incluir mulheres, de pagar um salário digno. Mas, de verdade?! Elas fazem muito pouco pelos trabalhadores, se comparado com os compromissos que elas assumem lá fora. A gente vem para dar provas para o mercado exterior sobre as condições reais de trabalho no Brasil. Por isso, acabamos sendo consultados por grandes marcas compradoras”.

Os trabalhadores assalariados e assalariadas rurais que participaram do evento estão voltando para as bases, entendendo a importância dessas certificações e utilizando esse conhecimento como ferramenta de combate às irregularidades trabalhistas e de promoção dos direitos trabalhistas.

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