A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Rio Grande do Norte (Fetarn), através de seu presidente Erivam do Carmo, alerta para a gravidade do cenário de estiagem que assola o estado, com 74 municípios já em situação de emergência, reconhecida oficialmente. O dirigente reforça a necessidade de respostas mais ágeis, estruturantes e coordenadas por parte dos governos estadual e federal para minimizar os impactos da seca sobre os agricultores familiares.

“A estiagem no Rio Grande do Norte tem gerado impactos profundos para quem vive no campo e depende da agricultura familiar para sobreviver. Falta coordenação entre os entes públicos. As medidas são lentas e, muitas vezes, não chegam a quem mais precisa. É hora de agir com mais firmeza”, destacou Erivam. Segundo ele, é urgente que o Governo do Estado intensifique ações emergenciais, como o fornecimento imediato de água, ração animal e apoio técnico, mas também avance em medidas estruturantes, como a implantação de tecnologias sociais para captação de água, como cisternas, barragens subterrâneas e pequenos açudes, que ajudam a conviver com a seca de forma mais sustentável.
Erivam destaca ainda que a Fetarn tem cobrado insistentemente do Governo Federal e da Defesa Civil nacional uma atuação mais direta nas áreas mais atingidas, sobretudo no Oeste potiguar, região Central e Médio Oeste, que concentram os casos mais críticos. “Em algumas localidades, agricultores estão vendendo o gado quase de graça, porque não têm água, nem ração. Já vemos distribuição limitada de milho para criadores, o que ajuda, mas não resolve. Precisamos de um plano emergencial robusto, alinhado entre todas as esferas de governo”, reforçou.

A entidade também vem colhendo relatos de suas lideranças sindicais regionais, que confirmam a gravidade da crise e a necessidade de maior agilidade na execução das ações já prometidas. De acordo com informações repassadas à Fetarn pela Defesa Civil e outros órgãos, a situação tende a se agravar se não houver resposta concreta e rápida. Por fim, Erivam reafirma o compromisso da Fetarn de continuar ouvindo os trabalhadores e trabalhadoras rurais, acompanhando de perto os desdobramentos e pressionando por medidas que garantam alívio imediato e preparem o campo potiguar para enfrentar a estiagem com mais resiliência.